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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desordem e Regresso


Por Felipe Ferrari, estudante de publicidade do IESB e membro voluntário do Cacic

Não é preciso ser um historiador eficiente, ou um patriota exemplar, para saber que as quatro cores da Bandeira Nacional representam simbolicamente as famílias reais de que descendia D.Pedro I, idealizador da Bandeira do Império. Com o passar do tempo, e a proclamação da República, esta informação foi sendo substituída por uma adaptação clara com a mudança do brasão e outros aspectos da flâmula. Dentro deste contexto, o verde passou a representar nossas matas; o amarelo nosso ouro; o azul nosso céu; e o branco passou a representar a paz que deveria reinar em nosso país. Esta adaptação, inclusive, é bastante usada por políticos em época de campanha, para enganar o povo, afirmando que eles (os candidatos), cuidarão do que essas cores “representam”. Mas pense comigo: Nossas matas estão praticamente destruídas; nosso ouro foi roubado; nosso céu poluído, (isso porque é impossível roubá-lo); e paz, sinceramente, é coisa que só encontramos por no Brasil em dicionários e faixas de manifestações pacifistas. Restou o que? Uma faixa com os dizeres "ORDEM E PROGRESSO". Mas isso soa como piada para nós, afinal nossos políticos já se encarregaram de transformar o lema em lenda. Sendo bem verdadeiro, a realidade que vivemos é antagônica a que as massas são levadas a acreditar que vivem. O que “sobra” então? Bem, a mim não convém viver de “sobras”, então prefiro não responder. Mas fica a oportunidade de reflexão. Às beiras da elição, espero que de fato que possam refletir. Ou só vão sobrar, desordem e regresso.

Edição: Vinícius Borba

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